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28 setembro 2009

E acabou assim...

O resultado está feito. Grande parte do povo português preferiu lembrar-se do caso das escutas e esquecer o caso da TVI e do Jornal de 6ª. Preferiu lembrar-se do caso António Preto e esquecer-se do caso Freeport. Preferiu lembrar-se do Sócrates dócil e suave dos ultimos 2 meses e esquecer-se do Sócrates animal feroz dos últimos 4 anos.

Os números dizem que o PS perdeu 500.000 votos. O PSD ganhou 10.000 votos, o CDS ganhou 180.000 votos, o BE ganhou 110.000 votos e a CDU ganhou 15.000 votos. Todos ganharam, o PS perdeu.

Também é um sinal forte o facto de ter havido 160.000 pessoas que se deslocaram à urna e que votaram branco ou nulos. Além disso, os pequenos partidos foram uma desilusão em relação às Europeias, principalmente o MEP.

Nestas eleições, ao nível das votações, apenas uma coisa se confirmou. Ou melhor, se reconfirmou e voltou a confirmar. Perante o cenário nacional desfavorável, Alberto João Jardim deu um banho aos Socialistas: 66.000 vs 26.000 votos.

Conclusão disto tudo... o PS ganhou, Sócrates vai formar Governo. Por preconceito (e esquecendo o bem de Portugal) parece não querer coligar-se com o CDS. Um governo minoritário haverá de acabar daqui a 2 anos, tal como o de Guterres.

25 setembro 2009

Coincidências... ou não.

Luís Filipe Menezes esteve calado até agora, sem interferir na campanha. E no último dia de campanha tem estas declarações, que ainda por cima saem num artigo de opinião publicado num jornal espanhol que faz parte do grupo PRISA... sim o mesmo grupo que afastou Moniz e Manuela Moura Guedes, acabando com o Jornal de 6ª feira.

Será que alguém acredita que os espanhóis estavam mesmo interessados em saber a opinião do Presidente da CM Gaia sobre o TGV? Ou será que esta notícia tinha como objectivo interferir na campanha portuguesa? E ainda por cima sai num jornal do grupo PRISA. Coincidências... ou não... Ao menos confirmamos quem é e ao que vai Luis Filipe Menezes.

Agora que estamos a 2 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que Charles Smith disse "O PM é corrupto. Este tipo, o Sócrates era Mininistro do Ambiente no final em Março 2002. Foi ele que aprovou este projecto do Freeport"

E será que ainda alguém se lembra que tio de Sócrates admitiu que seu filho inventou um e-mail com o nome do primo (j.socrates@neuroniocriativo.pt) para justificar cunhas na empresa Smith & Pedro?

E recordam-se que Paula Lourenço, advogada dos 2 arguidos do processo Freeport, é amiga de José Sócrates?

E além disso já se esqueceram que esta Paula Lourenço é também advogada da empresa JP Sá Couto, que está a produzir os célebres ‘Magalhães’?

E não se esqueceram também que António José Morais (arguido no caso Freeport), foi o professor das 4 cadeiras feitas por José Sócrates na Universidade Independente.

24 setembro 2009

Agora que estamos a 3 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que José Sócrates comprou a sua casa - um apartamento num edifício de luxo na Rua Braancamp, em Lisboa - por metade do preço daquilo que outros compradores gastaram?

Programa do PSD (III)

Sobre a Justiça:
"Portugal tem hoje uma justiça demorada – mesmo intoleravelmente morosa e ineficaz –, em que é difícil confiar para resolver um litígio a tempo. A justiça é hoje, mesmo, um dos principais problemas – senão até o principal – que tolhe as nossas possibilidades de desenvolvimento.

O nosso compromisso:

- Para
servir os Cidadãos e as Empresas, apostaremos na melhoria da eficácia e eliminaremos as possibilidades de dilação e manipulação do processo, com vista a evitar a sua instrumentalização.

- Criaremos
juízos de execução, pondo fim a um dos principais problemas da justiça hoje em Portugal, que é o da quase impossibilidade de ver concretizadas na prática as decisões dos tribunais.

- Informaremos os cidadãos e as empresas sobre o
limite indicativo de duração razoável dos seus processos, que garanta a segurança jurídica e a justiça, bem como sobre a data previsível para neles ser proferida decisão.

- Criaremos novos
incentivos a meios alternativos de resolução de conflitos (arbitragem, mediação).

- Retomaremos e completaremos a
liberalização do notariado.

-
Desburocratizaremos os actos administrativos que notários e conservadores têm de praticar e reduziremos o número de obrigações contabilísticas e declaratórias dos cidadãos e das empresas.

-
Reduziremos os encargos e simplificaremos os procedimentos para obtenção de um registo ou de protecção da propriedade industrial.

- Consagraremos n
ovos direitos de protecção e intervenção da vítima.

- Reforçaremos a
prevenção da corrupção com regras simples e transparentes, diminuindo as possibilidades de favorecimento por ajuste directo ou de fraude às regras da contabilidade pública.

- Introduziremos novos mecanismos de
prevenção e de transparência na actividade negocial dos entes públicos.

- Daremos real combate à corrupção a todos os níveis, e reforçaremos a
repressão do enriquecimento injustificado no exercício de funções públicas.

- Recomendaremos que requeira a
prisão preventiva em caso de suspeita grave e séria de violência doméstica, violação e coacção sexual.

- Reveremos concomitantemente o modelo de
remuneração de juízes e de magistrados do Ministério Público, para incorporação de uma componente que varie em função de indicadores quantitativos e qualitativos sobre o seu trabalho."

Agora que estamos a 3 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que a revista Visão publicou em 2007 uma notícia onde dizia existir, na dependência do gabinete do Primeiro Ministro, um serviço paralelo e ilegal dos serviços de informação?

23 setembro 2009

Teoria da Conspiração

Toda esta questão à volta das escutas ao PR parece ser encenada. Dá a impressão de que tudo isto foi armado com um propósito bem definido. Mas talvez o objectivo de que alguns analistas falam não seja realmente o verdadeiro.

Há muito que se fala de uma alteração do sistema político português (mesmo que temporariamente). Grandes e pequenas figuras dos dois maiores partidos (PS e PSD) e também de outros quadrantes da sociedade já disseram em público que seria uma forte hipótese - para resolver a crise que atravessamos - ter um regime presidencialista.

Todos falam nisto tendo como pressuposto que Cavaco Silva seria o presidente que iria liderar esta mudança e que portanto nomearia um governo "de salvação". Conhecendo Cavaco sabemos que este governo não comportaria 99% dos políticos de hoje (nem de PS, nem de PSD).

Assim, parece óbvio que toda esta questão das escutas foi inventada por alguns elementos do PS, em conjunto com outros do PSD, para definitivamente "deitar abaixo" Cavaco Silva antes da decisão das legislativas. É que a hipótese de que falei atrás poderia ser posta em cima da mesa, desde já, caso nenhum dos partidos tivesse maioria.

(todas as notícias sobre este caso aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui)

Programa do PSD (II)

Sobre a solidariedade:
"Cerca de um quinto dos nossos concidadãos pode ser definido como pobre. O desemprego ameaça atirar cada vez mais pessoas para uma situação de necessidade económica. E há também um número crescente de “novos pobres”, isto é, famílias que são atiradas para o limiar da pobreza sem nunca antes terem conhecido essa realidade.

- Discriminaremos positivamente as famílias de menor rendimento e com maior número de filhos.

- Eliminaremos quaisquer situações de discriminação negativa das famílias sob o ponto de vista fiscal, e ponderaremos novas possibilidades de tornar fiscalmente relevante o número de membros que compõem o agregado familiar.

- Valorizaremos o papel das instituições privadas de apoio social e de instituições públicas locais no combate à pobreza.

- Criaremos um Fundo de Emergência Social destinado a reforçar o trabalho das instituições de solidariedade social.

- Criaremos incentivos ao voluntariado na área social, com a valorização, em termos a definir, do respectivo tempo de apoio para efeitos de segurança social.

- Melhoraremos a eficácia do Rendimento Social de Inserção, com reforço dos compromissos contratuais na sua atribuição (prestação de trabalho pelos beneficiários do RSI saudáveis e em condições de trabalhar)

- Criaremos programas específicos, escola a escola, com grupos multidisciplinares, de combate ao abandono escolar.

- Promoveremos o investimento e o financiamento para aumento da cobertura de creches a nível nacional.

- Fomentaremos uma cultura favorável à adopção de crianças.

- Na saúde, comprometemo-nos com a universalidade no acesso aos cuidados de saúde.

- Agiremos para aumentar a eficiência e reduzir o tempo médio em lista de espera.

- Alargaremos progressivamente a liberdade de escolha pelo utente dos prestadores de serviços de saúde.

- Reforçaremos o combate ao desperdício e à ineficiência na mobilização dos recursos materiais e humanos pelos serviços públicos de saúde.

- Rejeitamos a introdução de co-pagamentos ou taxas moderadoras mais elevadas.

- Promoveremos o recurso a medicamentos genéricos.

- Reveremos o sistema actual de comparticipação do medicamento, no sentido de aumentar as comparticipações para os que têm menos rendimentos ou doenças crónicas de medicação pesada ou permanente.

- Manteremos o regime da Segurança Social nos seus traços essenciais.

- Dedicaremos especial atenção ao combate à pobreza entre idosos, mantendo o nível de prestações sociais existentes.

- Combateremos a criação de bairros exclusiva ou predominantemente habitados por imigrantes, que possam tender a tornar-se focos de pobreza concentrada ou de outros problemas sociais.

- Promoveremos a inserção sócio-profissional da pessoa com deficiência.

- Discriminaremos positivamente os alunos com necessidades educativas especiais e o ensino especial."

Coerências

Fonte do Governo diz que será suspenso o programa que oferece computadores Magalhães às crianças das escolas. A mesma fonte diz que a continuidade do programa implica muito dinheiro e por isso deixa a decisão para o próximo governo (que saíra das eleições do próximo domingo).

Já quanto ao TGV, a terceira AE Lisboa-Porto ou a terceira travessia do Tejo, nunca se ouviu tal argumento para adiar decisões. Afinal, estas obras até nem implicam muito dinheiro... ou será que implicam?

Coerências deste governo...

Agora que estamos a 4 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que o Jornal Sol divulgou escutas em que José Sócrates tentava pressionar o Presidente da República para demitir o PGR, Souto Moura (enquanto decorria o processo Casa Pia)?

22 setembro 2009

Agora que estamos a 5 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que foi Teixeira dos Santos - o actual super-ministro das Finanças e Economia de José Sócrates - que nomeou (em Agosto 2005) Armando Vara como Administrador da Caixa Geral de Depósitos?

E já agora, a propósito disto, mais 3 pontos para Teixeira dos Santos na Superliga "Incompetente-mor"

Programa do PSD (I)

Sobre a economia:
"é essencial o reforço da competitividade das PME, na produção e exportação de bens transaccionáveis, no empreendedorismo e inovação, na criação de condições de confiança para o investimento, e em investimentos públicos de proximidade, com custos razoáveis e previsíveis, de modo a conter o nosso endividamento"

"Iremos:
— Garantir o efectivo pagamento às empresas das dívidas do Estado existentes.
— Criar uma conta corrente entre o Estado e as empresas.
Alterar o regime de pagamento e de reembolso do IVA.
Promover directamente as exportações.
Extinguir o pagamento especial por conta.
— Permitir o acesso de PME aos concursos de investimentos públicos de proximidade, acabando com a sua aglomeração em termos que limitam o acesso apenas a empresas de certa dimensão.
"

"propomo-nos:
Estender, com cariz assumidamente excepcional e temporário, o período potencial de concessão do subsídio de desemprego.
Reduzir em dois pontos percentuais a TSU.
Apoiar a contratação de novos trabalhadores com uma redução da TSU em 35% e 70%.
— Garantir uma taxa de IRC de 10% durante 15 anos, para os investimentos a realizar no interior.
— Garantir uma taxa de IRC de 10% durante 10 anos para PME em que sejam maioritários jovens empresários"

Agora que estamos a 5 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que Augusto Santos Silva disse que gostava mesmo era de "malhar na Direita"... e Jorge Coelho disse que "quem se mete com o PS leva"?

21 setembro 2009

Agora que estamos a 6 dias das eleições

Ainda alguém se lembra do que aconteceu com o professor Charrua? E alguém se recorda das visitas da Polícia às escolas e sindicatos antes de manifestações legais de professores?

20 setembro 2009

Agora que estamos a 7 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que a Universidade Independente - que licenciou José Sócrates num processo muito duvidoso - fechou no meio de um caso de polícia?

19 setembro 2009

Agora que estamos a 8 dias das eleições

Ainda alguém se lembra das invulgaridades no processo de licenciamento do Freeport e dos despachos ministeriais a 3 dias do fim de um governo?

18 setembro 2009

Agora que estamos a 9 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que o director do Sol declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport?

16 setembro 2009

E Sócrates é anti-italiano e anti-nortenho?

Estou farto de ouvir socialistas e outros dizerem que Manuela Ferreira Leite tem um preconceito anti-espanhol por ter dito o que disse no frente-a-frente, sobre o TGV.

Esses senhores que dizem essas barbaridade são estúpidos e querem fazer de nós estúpidos. Então dizer que não será PM para defender os interesses dos espanhóis é ser anti-espanhol?

Aliás, se MFL fosse anti-espanhol não teria aceite trabalhar no Banco Santander durante vários anos. Alguém quer maior prova de que ela não tem problema nenhum com espanhóis? Simplesmente não vamos enterrar mais o país com o TGV, simplesmente porque também faz jeito a nuestros hermanos.

Ou será que esses senhores estúpidos também acham que José Sócrates é anti-italiano por ter dito que vendeu parte da GALP a Amorim e Eduardo dos Santos "para não deixar cair a GALP em mãos italianas"?

Ou até poder-se-á dizer que Sócrates é anti-nortenho por não permitir que a Sonae tome conta de empresas como a PT ou como a ZON?

13 setembro 2009

Actor Sócrates vs Autêntica MFL

Para o tuga (egoísta, irresponsável, chico-esperto) Sócrates ganhou debate. Para o português (responsável, sensato, trabalhador) MFL foi melhor.

Sócrates foi um verdadeiro actor, com as falas e expressões decoradas. Fez expressões de sofrimento e de menino incompreendido quando tentava explicar as (más) medidas que tomou, dizendo "foi para o interesse geral !!"

Além disso também trazia estudada a forma de reagir quando MFL falava. Fez-se despercebido, proferindo "não estou a entender o que quer dizer", tentando descredibilizar o que MFL dizia. Por vezes ria-se e abanava com a cabeça.

Depois de 4 anos e meio de Governo PS, José Sócrates só falou de medidas tomadas por MFL há 6 anos atrás (imi, pec, tgv, ae). Mas MFL respondeu bem, explicando (para quem quis ouvir) as decisões do "antes" e do "agora"

Já aqui disse várias vezes. Maquiavel escreveu n'O Príncipe que há 2 formas de estar na política: 1 - dizer bem de nós próprios. 2 - dizer mal do adversário (quando a 1ª opção não é posssível). Sócrates foi claramente pelo 2º caminho enquanto que MFL caminhou (como sempre) pelo 1º.

O resultado deste debate é simples: Para os socialistas com antrolhos, Sócrates ganhou claramente. Para os social-democratas com antrolhos MFL venceu pela verdade. Para os outros foram os 2 iguais a si próprios: Sócrates um actor, MFL autêntica.

Sócrates foi um bom actor, trazia tudo estudado e encenado. Tentou não falar do que fez durante 4 anos e meio. Desviou atenções para MFL e o PSD. Falou apenas do acessório e de casos pontuais.

MFL foi autêntica. Tentou falar do que iria fazer para corrigir a situação do país. Não fugiu às suas medidas e não desviou atenções para Freeports, TVI e afins. Falou do essencial. Foi responsável, correcta e sensata.


10 setembro 2009

Solta MFL vs Claro Portas

O debate começou com Paulo Portas a demarcar-se do centrão tentando fidelizar votos à direita e ganhá-los ao centro-direita. Tenho dúvidas que seja bem sucedido, em relação ao eleitorado do PSD. No entanto Manuela Ferreira Leite também não terá sido muito bem sucedida quando, logo a seguir, apelou ao voto útil no PSD.

Na questão das finanças e impostos Portas tentou novamente colar PSD e PS mas MFL ganhou pontos sendo verdadeira: "Não aumentarei impostos"... e realista: "Se puder baixarei impostos".

É um facto que as propostas do CDS são de fácil compreensão e caem bem à opinião pública, mas são de um partido que sabe que não será governo, e portanto não as terá de executar. Já as apostas do PSD são de mais dificil compreensão à população em geral, mas têm um alcance muito maior.

Duas coisas em que estou de acordo com Portas: taxar as SCUT (essa ideia peregrina do PS de Guterres) e dar o RSI "em géneros". Em França por exemplo, o estado oferece alojamento, ticket restaurant e ajudas para bens essenciais.

Nessa questão MFL não poderia dizer outra coisa. Principalmente nesta altura de campanha eleitoral, e com o país a atravessar grave crise social. Segundo a líder do PSD o RSI é para manter nos actuais moldes.

No final, pressionada pelo tema, MFL soltou-se... e saiu-se bem. Admitir gostar do estilo de AJJ seria mentir com todos os dentes. MFL foi extremamente clara ao dizer que têm estilos diferentes e que ela por vezes não aprecia o do líder Madeirense. Ganhou pontos com a verdade.

O à vontade de MFL continuou e permitiu-lhe sair-se bem da questão dos média que envolveu MRS e MMG, sugerindo que Judite convidasse MMG para a RTP.

Portas acabou "por cima" - mas à traição - com aquela alusão aos militantes PSD que consideraram o bloco central.