O debate começou com Paulo Portas a demarcar-se do centrão tentando fidelizar votos à direita e ganhá-los ao centro-direita. Tenho dúvidas que seja bem sucedido, em relação ao eleitorado do PSD. No entanto Manuela Ferreira Leite também não terá sido muito bem sucedida quando, logo a seguir, apelou ao voto útil no PSD.
Na questão das finanças e impostos Portas tentou novamente colar PSD e PS mas MFL ganhou pontos sendo verdadeira: "Não aumentarei impostos"... e realista: "Se puder baixarei impostos".
É um facto que as propostas do CDS são de fácil compreensão e caem bem à opinião pública, mas são de um partido que sabe que não será governo, e portanto não as terá de executar. Já as apostas do PSD são de mais dificil compreensão à população em geral, mas têm um alcance muito maior.
Duas coisas em que estou de acordo com Portas: taxar as SCUT (essa ideia peregrina do PS de Guterres) e dar o RSI "em géneros". Em França por exemplo, o estado oferece alojamento, ticket restaurant e ajudas para bens essenciais.
Nessa questão MFL não poderia dizer outra coisa. Principalmente nesta altura de campanha eleitoral, e com o país a atravessar grave crise social. Segundo a líder do PSD o RSI é para manter nos actuais moldes.
No final, pressionada pelo tema, MFL soltou-se... e saiu-se bem. Admitir gostar do estilo de AJJ seria mentir com todos os dentes. MFL foi extremamente clara ao dizer que têm estilos diferentes e que ela por vezes não aprecia o do líder Madeirense. Ganhou pontos com a verdade.
O à vontade de MFL continuou e permitiu-lhe sair-se bem da questão dos média que envolveu MRS e MMG, sugerindo que Judite convidasse MMG para a RTP.
Portas acabou "por cima" - mas à traição - com aquela alusão aos militantes PSD que consideraram o bloco central.
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