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24 junho 2009

Superliga "incompetente-mor": Jaime Silva pontua

José Sócrates dizia, no hemiciclo da AR, que iria ser nomeado um novo gestor para o Proder, depois do seu amigo Carlos Guerra ter sido constituído arguido no processo Freeport.

Cá fora, o ministro da Agricultura Jaime Silva, dizia aos jornalistas: "Tenho é de ouvir o próprio, como é que ele se sente" e sobre se Guerra iria ser afastado: "Admito ouvi-lo e sei inclusivamente que ele me escreveu uma carta. Admito discutir com ele a situação".

Minutos depois confrontado com a incoerência, Jaime Silva corrigiu-se e disse que Carlos Guerra "pôs o cargo à disposição e eu aceitei".

Tanta confusão que vai neste governo. Então quando o tema é Freeport, parece que ficam todos em pânico e parecem baratas tontas.

Por este episódio, mais 3 pontos para o Ministro Jaime Silva na Superliga "incompetente-mor"

13 maio 2009

Não há vergonha na cara

José Luís Lopes da Mota AINDA é procurador-geral adjunto e presidente do Eurojust. Aliás, fico pasmado ao saber agora que ele esteve na calha para substituir Souto Moura e ser procurador-geral da República (!!).

Tendo sido suspeito de avisar Fátima Felgueiras possibilitando a sua fuga, tendo sido hipótese para PGR com o intuito de "travar" o caso Casa Pia, tendo sido provado que pressionou dois procuradores do caso Freeport... ainda alguém acha que este senhor tem condições de continuar a desempenhar qualquer uma das duas funções que tem? Pelos vistos parece que ainda há... este PS não tem vergonha na cara.

12 maio 2009

Correcção à notícia

O presidente do Eurojust, Lopes da Mota¸ poderá vir a ser alvo de um processo disciplinar no seguimento do inquérito às alegadas pressões sobre dois procuradores do caso Freeport, Vítor Magalhães e Pães Faria.

Ficou provado que Lopes da Mota tentou pressionar os dois procuradores do caso Freeport. E mesmo assim ele AINDA é Presidente da Eurojust? e PODERÁ vir a ser alvo de um processo disciplinar?

Se Portugal fosse um país decente, a notícia deveria ser: O EX-presidente do Eurojust, Lopes da Mota¸ FOI alvo de um processo disciplinar no seguimento do inquérito às alegadas pressões sobre dois procuradores do caso Freeport, Vítor Magalhães e Pães Faria

21 abril 2009

Ironia: a única forma de comentar a entrevista do PM

Questionado sobre o que tem dito Cavaco Silva, respondeu: "As palavras do PR não se referem ao governo, porque o governo não está a fazer isso". Pois não, Cavaco referia-se ao governo da Gronelândia.

Sobre as grandes obras e os seus estudos de custo/benefício, Sócrates soube dizer apenas: "Vão ao site do ministério das obras públicas e têm lá todas as informações". Muito obrigado Sr. PM. Excelente esclarecimento aos portugueses.

Relativamente à crise que se abate sobre Portugal, o PM disse: "É preciso que os portugueses saibam que a OCDE prevê uma recessão para a Alemanha 5.6%, Itália 4.3%, Japão 6.6%". Exacto, mas sobre o que se passa neste país, não precisam de saber.

E disse mais: "Eu quero chamar a atenção para o seguinte: A Irlanda...". Exacto, é essencial chamar a atenção dos portugueses para a Irlanda, e desviar as atenções do que se passa em Portugal.

No meio das soluções para a crise: "Demos um apoio pré-natal que atinge 157.000 grávidas". Olha, estás a ver que generoso que é este governo. Existem 500.000 desempregados, mas esses que se amanhem. Agora o complemento para grávidas, isso sim é essencial nesta altura.

Por último, sobre o caso Freeport, José Sócrates disse: "Não tenho intervido sobre o caso Freeport, por respeito pela seriedade da investigação" [...] "Há uma coisa que não quero deixar de dizer. A forma como nasceu o caso Freeport. Foi a PJ em conjunto com dirigentes do  PSD e do CDS". Então em que é que ficamos? a investigação é séria ou não?

"Disseram que havia uma queixa em Bruxelas. Não é verdade, essa queixa foi arquivada". Ora bem, se foi arquivada é porque havia realmente uma queixa. E sendo assim era verdade, certo?

"Eu agirei contra todos aqueles que me citem neste processo". Será que também vai agir judicialmente contra a polícia inglesa?

"O silêncio dos outros profissionais, em relação ao Telejornal da TVI vai contra o código deontológico dos jornalistas". Hum... e os comentários e artigos de opinião da sua namorada? Não vão eles contra esse estatuto também?

13 abril 2009

A namoradinha...

Quando Fernanda Câncio escreveu o artigo "pressões impressivas" no blogue jugular, perdi mais uma vez latim e tempo a comentar:

"Será que a senhora não vê, que na posição em que está, não devia falar destas coisas? Por mais que seja bem intencionada, será sempre vista como sendo parcial. E portanto, assim sendo, não tem os resultados que a própria deseja. Será que a senhora é tão ceguinha que não vê isto?"

Claro que o caso é mais grave do que isso. E como tal, já alguns colegas começam a por em causa os artigos e opiniões da jornalista. Era bom que a senhora recordasse algo sobre a independência dos jornalistas: o ponto 10 do Código Deontológico, onde se diz que "O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses"

04 abril 2009

Sócrates prometeu e cumpriu

É verdade, para espanto de muitos... Sócrates tinha ameaçado com processos os jornalistas que escreveram sobre o Freeport, e cumpriu. Depois das pressões ao MP aqui está a pressão à imprensa.

João Miguel Tavares, colunista do Diário de Notícias, foi processado pelo primeiro-ministro por ter escrito: "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina".

João Miguel Tavares respondeu com nível: "Agradeço a atenção que o senhor primeiro-ministro me dedicou de que não me acho merecedor".

Cada vez mais, este caso toma contornos pouco claros. E nem sequer há o cuidado de esconder certas coisas.

01 abril 2009

E para disfarçar...


Fico sempre contente quando a justiça funciona, principalmente quando é célere. Mas também fico triste quando vejo que funciona apenas quando dá jeito...

Justiça ferida de morte


... e Lopes da Mota (Presidente do órgão europeu de cooperação judiciária) fez isto porque lhe apeteceu? sozinho? ou foi a mando de alguém?

Para que conste: José Luís Lopes da Mota, depois de ter sido secretário de Estado da Justiça durante um dos governos do PS liderados por António Guterres, foi suspeito de ter fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia enviada a Cunha Rodrigues, numa altura em que a PJ de Braga não tinha iniciado sequer as investigações.

28 março 2009

Sócrates É CORRUPTO

Alan Perkins: O que desencadeou a acção da polícia? A queixa era sobre corrupção...
Charles Smith: O primeiro-ministro, o ministro do Ambiente é corrupto.
Alan Perkins: Quando tudo estava a ser construído qual era a posição dele?
Charles Smith: Este tipo, Sócrates, no final de Fevereiro, Março de 2002, estava no Governo. Era ministro do Ambiente. Ele é o tipo que aprovou este projecto. Ele aprovou na última semana do mandato, dos 4 anos. Em 1º lugar, foi suspeito que ele o tenha aprovado no último dia do cargo... E não foi por dinheiro na altura, entende? Isto foi mesmo ser estúpido...
Alan Perkins: Quando foram feitos os pagamentos? Como estava em posição de receber pagamentos se aprovou o projecto no último dia do cargo?
Charles Smith: Foram feitos depois. Ele pediu dinheiro a dada altura, mas não...
Charles Smith: João, foi aprovado e os pagamentos foram posteriormente?
João Cabral: Certamente... Houve um acordo em Janeiro. Eles tinham um acordo com o homem do Sócrates, penso que é em Janeiro.
Charles Smith: Sean (Collidge) reuniu-se com o tipo. Sean reuniu-se com funcionários dele, percebe? Sean e Gary (Russel) reuniram-se com eles.
Alan Perkins: Houve um acordo para pagar?
Charles Smith: Para pagar uma contribuição para o partido deles.
Charles Smith: Nós fomos o correio. Apenas recebemos o dinheiro deles. Demos o dinheiro a um primo... a um homem...
Alan Perkins: Mas como o Freeport vos fez chegar esse dinheiro?
Charles Smith: Passou pelas nossas contas
Alan Perkins: Facturaram ao Freeport, ok?
Charles Smith: Ao abrigo deste contrato. Era originalmente para ser 500 mil aqui, desacelerámos, parámos a este nível, certo? Isso foi discutido na reunião, lembra-se? Ele disse: «Nós não queremos pagar». Se ler esse contrato, diz aí que recebemos três tranches de 50, 50, 50... Gary disse: «Enviamos o dinheiro para a conta da vossa empresa».

Ainda alguém acha que Sócrates tem condições para continuar a liderar o país por mais 4 anos? Ninguém aqui disse que ele era culpado, apenas se, perante todas estas suspeitas e indícios, ele terá condições políticas de continuar como PM

24 fevereiro 2009

A "Guerra" das coincidências

Carlos Guerra foi o homem que aprovou o projecto do Freeport. Este homem foi presidente do Instituto Conservação Natureza (ICN) entre 1998 e 2002 quando José Sócrates era Ministro do Ambiente.

Durante os governos PSD de Durão e Santana, Carlos Guerra foi consultor privado e logo após Sócrates ganhar as eleições em 2005, foi novamente nomeado, desta vez para Director Regional de Agricultura de Trás-os-Montes.

Desde 2008 desempenha as funções de Director do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, ou seja, decide os investimentos do ministério e dos subsídios do Quadro Comunitário de Apoio.

Guerra é irmão do procurador do processo Casa Pia, João Guerra e também de outro procurador ligado ao Caso Freeport, José Guerra.

Paula Rocha, estagiou no ICN quando Carlos Guerra era presidente e criou em 2002 uma empresa, e logo nesse ano foi contratada pela Smith & Pedro para elaborar um plano para o Freeport. Trabalhou ainda para a SAM (de Manuel Pedro) em estudos para projectos imobiliários.

Não tenho dúvidas nenhumas... isto são só coincidências...

23 fevereiro 2009

Resolve-se com 2 pares de estalos

Júlio Monteiro explicou na quarta-feira, no Tribunal de Cascais, que o filho, Hugo Monteiro, tinha 'inventado' um endereço de e-mail com o nome do primo – j.socrates@neuroniocriativo.com– para justificar as cunhas que tentou meter junto da sociedade Smith e Pedro para conseguir trabalho. Em declarações ao CM, Sá Leão, advogado do tio do primeiro-ministro, explicou que de facto não foi uma ideia muito feliz. 'O Hugo é bom rapaz e fez um disparate. Se eu fosse o primeiro-ministro faria o que ele está a fazer. Não liga, mas quando visse o primo dava-lhe dois pares de estalos.' no Correio da Manhã

É... dois pares de estalos no filho do tio e não se fala mais nisto, ok sr. Procurador Geral da República? E faz o favor transmite ás autoridades inglesas que está tudo resolvido, foi castigado quem devia ser...

05 fevereiro 2009

Separação de poderes?

Pedro Lomba no DN:
"É preciso o Ministério Público andar tão traumatizado com os seus falhanços nos processos mediáticos, para a senhora procuradora vir a público legitimar a ideia de que não há motivos para suspeitas sobre José Sócrates, dizendo mesmo compreender a reacção de vitimização do primeiro-ministro.

Aquilo que se sabe sobre o licenciamento do Freeport não tranquiliza ninguém. Há declarações contraditórias e falsas do primeiro-ministro, dois actos anormalmente urgentes praticados por um Governo de gestão (a declaração de impacto ambiental e a alteração à ZPE do Tejo), uma carta rogatória da polícia inglesa que o identifica "sob investigação", afirmações comprometedoras de um familiar que afirma ter agido como intermediário entre Sócrates e os promotores do Freeport [...]Não nos diga, Senhora Procuradora, que a culpa é nossa por exigirmos o esclarecimento.

Eu quero lá saber se José Sócrates é um bom ou mau primeiro-ministro, se estamos em ano de eleições, se há jornais que não gostam dele. O que eu quero saber [...] é se o PM de Portugal usou ou não o seu poder [...] para facilitar, por intermédio de um familiar e a troco de quaisquer contrapartidas, o licenciamento do Freeport.

Eu lamento, mas a procuradora Cândida Almeida não pode vir dizer que o tio de Sócrates é suspeito de ter recebido dinheiro para "influenciar o decisor", mas já que sobre o "decisor" não recaem suspeitas nenhumas. Não pode vir dizer que negou uma investigação conjunta com a polícia inglesa porque "os sistemas jurídicos são diferentes", quando é precisamente nestes casos de criminalidade transnacional que a cooperação entre polícias se impõe."

04 fevereiro 2009

Partidarites e simpatias


Já disse aqui, que sondagens e estudos, valem o que valem, por serem muitas vezes encomendados. E portanto terem resultados que favorecem quem os pede.

No entanto, penso que posso tirar uma conclusão fidedigna do estudo que se apresenta, sobre o caso Freeport. 

As pessoas acreditam ou não na inocência dos intervenientes, por convicções partidárias, por simpatia ou pelo que ouvem nos media. Em vez de pensarem, ponderarem e avaliarem - pelas suas cabeças - os dados, os factos, os cenários.

Esta conclusão é extremamente infeliz, e é a razão pela qual nunca um caso mediático como este, terá resolução em Portugal.

03 fevereiro 2009

Prós e Prós na RTP

Num programa que se chama Prós e Contras, havia 4 prós e 1 contra. O que não vem sendo hábito. Mas como se tratava do primeiro-ministro... talvez um telefonema do próprio ou de Augusto Santos Silva, tenha feito com que mudassem as regras.

1 - Um dos prós era o ex-secretário de estado do ambiente de José Sócrates, que disse as maiores bojardas que já ouvi sobre o caso. Para ele tudo era uma cabala montada por jornalistas, políticos, magistrados, advogados e outros. Desconversou, dizendo que os estudos são pagos, por isso não via mal nenhum nos e-mails trocados sobre pagamentos.

2 - Outro dos prós era o ex-presidente de câmara de Alcochete. Bastava olhar para a cara dele e ver que estava envolvido no caso Freeport até ás pontas dos cabelos, que não tinha. A cara dele deixava antever que não lhe cabia um feijão...

3 - O terceiro dos prós era um advogado de segunda categoria, á procura de subir na vida. As declarações que teve, sempre num estilo muito "neutro", deram perfeitamente a entender que quer fazer parte daquela elite de advogados de Lisboa que gravita á volta do poder. E quiçá também a pensar numa candidatura á ordem.

4 - Para o último dos prós é dificil arranjar adjectivos. É das coisas mais ignóbeis. Um dos advogados que mais ganha com serviços do governo, talvez o líder da tal elíte que gravita á volta do poder. Ele que "virou a casaca" do PSD para o PS quando o governo mudou, para continuar a "mamar", e além disso quer ser candidato a presidente da república.

No meio disto tudo - do caso Freeport, e doutros casos de corrupção política - o que é preciso é falar verdade. Algo que muitos apregoam, mas depois não praticam. Felizmente ainda há homens como Paulo Morais (ex-vice-presidente da câmara do Porto) que tem coragem para dizer as coisas como elas são. Foi o único que ontem tentou ajudar a acabar com a corrupção na política.

30 janeiro 2009

Explicações precisam-se... mais ainda

Um responsável do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) terá anunciado aos técnicos do organismo que o projecto do Freeport ia ser chumbado, em Dezembro 2001, mas que era um "chumbo estratégico, pois em três meses ia estar tudo resolvido".

"Os cidadãos indicados em baixo, que não são do Reino Unido, são considerados sob investigação por terem solicitado, recebido ou facilitado pagamentos que constituam os crimes indicados: José Sócrates, José Marques, João Cabral, Manuel Pedro"

"Alegadamente, no dia 17 Janeiro 2002, o ministro do Ambiente, José Sócrates, reuniu com Sean Collidge, Charles Smith, Gary Russel e Manuel Pedro. Nesta reunião, José Sócrates terá alegadamente feito um pedido equivalente a um suborno para assegurar que a Avaliação de Impacto Ambiental fosse aprovada favoravelmente"

"Nas semanas depois do dia 17 de Janeiro de 2002, o ministério do Ambiente aprovou uma lei que alterava os limites da reserva natural que tinham impacto sobre o local do Freeport e o ministro do Ambiente apresentou um relatório favorável sobre a Avaliação de Impacto Ambiental. A terceira Avaliação de Impacto Ambiental foi aprovada a 17 de Março de 2002, dia das eleições das quais resultou que esse ministro tivesse perdido o lugar"

27 janeiro 2009

Explicações precisam-se II

A empresa que cobrou o favor ao Freeport foi registada em 2005 e só funcionou 2 meses. Segundo Nuno Leite, antigo funcionário, a sociedade nunca finalizou trabalhos: "Houve um projecto para uma página na Internet de um infantário, foi falado um protocolo com outra empresa, mas nada avançou". O designer afirmou também que só recebeu 1 mês, através "de um cheque pessoal de Hugo Monteiro".

Júlio Monteiro, depois de o seu outro filho, Nuno Monteiro, ter dito que não houve resposta ao tal e-mail, admitiu que o destinatário respondeu e até foi "agendada uma reunião" para ser apresentado um projecto de marketing à administração do Freeport.

O tio de Sócrates confirmou ainda que detém offshores. "Mas, que fique bem claro, foram constituídas com dinheiro meu, ganho de forma honesta, o que, de resto, ficará devidamente esclarecido"

Júlio Monteiro, admitiu ontem que o filho teve uma reunião com responsáveis do Freeport, após ter enviado um mail em que evocava as relações familiares com o então ministro do Ambiente.

O esclarecimento ontem feito pelo tio de Sócrates entra em contradição com relato do filho mais velho. Nuno Monteiro admitiu o envio do e-mail, mas acrescentando que este nunca teve resposta

Quanto ao encontro entre os promotores do Freeport e o então ministro do Ambiente, José Sócrates, o empresário diz que falou com o sobrinho sobre o assunto, relatando-lhe a conversa com Charles Smith, e a referência deste de que uma sociedade de advogados lhe estaria a pedir quatro milhões para o licenciamento do Freeport.

25 janeiro 2009

Explicações precisam-se

Nuno Monteiro: "O meu pai facilitou, de facto, o encontro entre o sr. Charles Smith e o nosso primo que era Ministro do Ambiente" [...] "O meu irmão (Hugo Monteiro) tinha uma agência de publicidade e escreveu (a Charles Smith) a pedir para o considerarem para a campanha publicitária"

Mas afinal quem quer tramar Sócrates? Quem quer, nas suas palavras, atingir a sua honra e dignidade? É a sua própria família, pelo que parece. Nuno e Hugo Monteiro têm muitas explicações a dar.

A agência britânica Serious Fraud Office disse que existiram transferências de milhões de euros, da sede do grupo Freeport com destino a Portugal. E detectou que parte desse dinheiro foi passado por off-shores controlados pela ISA, empresa de Júlio Monteiro (tio de sócrates)

Há, neste caso, alguém que recebeu luvas. E para isso, é porque houve favores em troca. Quem recebeu? quem fez favores? Júlio Monteiro, o tio de Sócrates, tem muitas explicações a dar.

Uma ex-secretária da Smith & Pedro declarou em 2005 á polícia, ter ouvido Manuel Pedro dizer "O Sócrates já tem os 400 Mil e os outros 100 Mil sabe-se lá quem os recebeu". Em 2007 alterou o depoimento dizendo que não ouviu o nome de Sócrates.

Coincidência a senhora ter falado num nome, e passado dois anos, ter retirado esse nome, que por acaso, nessa altura, era Primeiro-Ministro. Esta senhora tem muitas explicações a dar.

Smith aparece numa gravação vídeo descrita pelo jornal Sol, a garantir que subornou um ministro português.

Charles Smith anda desaparecido, mas há-de aparecer. E quando o fizer, terá muitas explicações a dar.

Um decreto-lei decisivo para a construção do Freeport foi aprovado pelo governo de gestão a 3 dias de saír de cena. O estudo de impacte ambiental do outlet foi chumbado duas vezes para depois ter luz verde em tempo recorde.

Só por si, esta aprovação-relâmpago do projecto, deixa algumas dúvidas e levanta algumas suspeitas. José Sócrates tem assim muitas explicações para dar.