12 outubro 2008

O homem invisível

As últimas exibições da Selecção Nacional de Futebol deixam muito a desejar. A equipa não joga bom futebol, não ataca bem, defende pior e não está segura. Todos já ouvimos dizer, que uma equipa se constrói "de trás para a frente", e eu concordo, começa portanto na baliza.

Em 2004, Scolari deixou de fora Vitor Baía - galardoado nesse ano como melhor GR europeu - e preferiu Ricardo e Quim. Em 2008, Queiróz veio "cheio de peito", dizendo que iria tirar Ricardo. Tirou (em contra-partida chamou Rui Patrício), mas não teve coragem para tirar Quim.

Imaginem o que era se Queiróz tirasse Quim. Os 6 milhões de benfiquistas revoltar-se-iam e agravariam a actual crise ! Agora, deixar os GR do FC Porto de fora... isso já não é problema.

Será que não vêem que o melhor GR, actualmente, é Nuno Espirito Santo ?! Os grandes GR vêem-se em situações como a que dele. Sendo pouco utilizado, quando é chamado responde com exibições de luxo, mostrando segurança máxima e passando tranquilidade á sua defesa e ao resto da equipa. Será que Nuno é invisível?

Quando é que vão mudar os critérios de escolha de jogadores para a Selecção Nacional? Quando é que vai mudar este centralismo, que até já afecta o futebol?

2 comentários:

luis cirilo disse...

Eu gosto de Carlos Queiroz.
Acho-o um técnico moderno,competente,educado e com trabalho de valia.
Se lhe tivesse de apontar um defeito seria o de ser demasiado conservador na abordagem de alguns jogos.
Como o da passada quarta feira.
Mas,em boa verdade,bastava que duas ou três das muitas oportunidades tivessem sido convertidas e ninguém armaria o escândalo que se armou.
Concordo inteiramente consigo quanto ao Nuno.
É claramente o melhor guarda redes português no pós Baia.
Sempre segui a carreira dele com muita atençaõ (começou no "meu" Vitória) e acho que podia ter tido um percurso brilhante não fora o ter-se "apagado" á sombra de grandes guarda redes como Baia no Porto ou Songo no Corunha.
Espero que Queiroz ainda lhe faça justiça.

Luis Melo disse...

Também simpatizo com Queiroz, mas neste ponto, do GR, tem-me desiludido.

Penso que se trata mesmo, de falta de coragem de enfrentar a crítica enorme a que seria sujeito se tirasse o GR do Benfica.