José Sócrates anunciou ontem 3 medidas para combate á actual crise. Diga-se que nenhuma delas terá efeitos imediatos, e era isso que se pedia. De qualquer forma não é isso que me leva a escrever. A razão deste meu post é outra e tem um nome o Polvo.
O nome Polvo pode levar alguns (mais velhos) a pensarem em máfia, corrupção, mas não é disso que falo. Falo do Estado português, que sempre teve uma tendência a ser omnipresente, desde os tempos "da outra senhora".
De há uns anos para cá, vem-se falando com mais frequência na diminuição do Estado, essa coisa balofa e pesada cheia de tentáculos. Ao diminui-lo poderia tornar-se mais forte e eficaz, tendo apenas funções de regulação e de garantia de liberdade, igualdade e solidariedade.
Apesar disso, nunca se viu a mais pequena vontade política para alterar o estado de coisas. Talvez porque os partidos precisem desse Estado grande, para alimentar todos os seus boys. Mas, mais cedo ou mais tarde, teria de fazer-se alguma coisa que fosse consequência de tanta retórica.
Hoje recuamos, a crise financeira é desculpa para aqueles que falavam da mudança, mas não a desejavam. O Polvo deverá continuar a ter controlo sobre tudo, deverá continuar a ser omnipresente, deverá continuar a "engolir" todos os recursos gerados pelo trabalho dos portugueses... Não! temos de mudar esta situação
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