29 dezembro 2008

O "sucesso" do Magalhães

O Governo queria dividir a despesa (50 € modem e 250 € ligação) do programa e-escolinha com as autarquias, mas estas recusam pagar as assinaturas de internet. A possibilidade de José Sócrates ter de pagar dos cofres do Estado é cada vez mais certa.

Além disso, neste momento apenas 230 mil pais se inscreveram no programa, menos de metade dos 500 mil pretendidos até final do ano lectivo. Isto deixa antever que terá de ser o dinheiro do orçamento estatal a compensar o investimento das operadoras (Vodafone, Optimus e TMN).

O executivo comprometeu-se a compensar as operadoras, caso o que elas estão a investir a fundo perdido não seja suficiente para pagar o e-escolhinhas. Por outro lado, só foram entregues 35 mil Magalhães em todo o País.

Espero que também agora, os media se despachem a colocar em parangonas esta vergonha. Da mesma forma que se apressaram, durante meses, a fazer do Magalhães um dos maiores feitos deste governo.

Quanto aos portugueses, mais uma vez, irão ver os seus impostos a ser gastos para cobrir mais uma grande asneira de José Sócrates. E mais uma vez podem ver desmascarada uma das maiores acções de marketing político do PM.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sr Luis Melo

Por muito que lhe custe a sí ou ao PSD, esta iniciativa do governo permitir ás crianças aceder à tecnologia em primeira mão foi uma das melhores linhas estratégicas de um governo em Portugal das duas ultimas décadas direccionadas directamente para o futuro de país.
Foi atabalhoada e sem planeamento, de contornos pouco claros (sem concurso publico aberto) e procura dividendos eleitoralistas?
Sim sem duvida.
Agora o sr ficar ficar felicíssimo por existirem pais que não levantam o Magalhães, que vamos ficar sobrecarregados de impostos por as operadoras terem que vir a ser compensadas, revela toda a mesquinhez da maledicência que caracteriza o português.
Lembra-se da metáfora do Ferrari e do autocarro?
É perfeitamente aplicável aqui.
O seu pensamento não é de um dia quando o PSD for governo, de tentar superar o plano tecnológico, melhorando-o e procurar novas iniciativas do género para o futuro, mas sim de "fazer figas" para que este plano falhe, independentemente de ser bom para ou não para o país. Só porque não é do PSD.
A isto chama-se "dor de cotovelo" do seu partido por não o ter feito quando teve oportunidade para isso.
A inveja é muito feia sr Luis Melo.
A sua metáfora é perfeitamente aplicável aqui.
"Pela boca morre o peixe"

Bem haja

Luis Melo disse...

Caro anónimo,

Gostaria de saber onde é que vê felicidade da minha parte por este plano "magalhães" ser uma vergonha.

E gostaria de saber onde é que vê vontade da minha parte em que tudo continue a falhar.

O sr. assume que este plano foi atabalhoado, sem planeamento, de contornos pouco claros, procurando dividendos eleitoralistas... e ainda acha bem?

Esse é que é o Portugal mesquinho, pequenino, corrupto e falhado.

Enfim...