Diz que “os resultados são impressionantes, a reforma avançou quase 80% do previsto”. Se são tão positivos, porque é que saiu do Governo? A execução não tem nada a ver com a capacidade de ficar em funções. Não se esqueça da importância dos media. Nos media e na opinião pública publicada eu era uma figura politicamente exausta
Sr. Ex-ministro, o senhor saiu do governo, não por causa dos media, mas porque conseguiu fazer com que todos os agentes da saúde ficassem contra si. As medidas que tomou, não agradaram a ninguém, nem aos médicos, nem ás farmácias, nem aos cidadãos.
A requalificação das urgências foi a questão mais polémica. Como interpreta a actual acalmia? Por um conjunto de razões psicológicas que fazem com que, desaparecendo o protagonista, desapareça a tensão.
Ou seja, o senhor julga-se o centro do mundo, e tem aquele sentimento de perseguição que se atribui a alguns doentes mentais. Acha que a insatisfação era contra si, e não contra as suas políticas? Não me parece.
No livro faz as contas e chega à conclusão que em 2007 “apenas” terão transitado 500 médicos dos hospitais públicos para os privados. A verdade é que foi durante o seu mandato que a saída dos médicos se agudizou. Houve uma coincidência com o surgimento, ao longo de dois anos, de dois hospitais em Lisboa
Como diria um amigo meu “oh… caranvas… já viste que azar”. Então e no resto do país? Ou para o Sr. Ex-ministro o país também é só Lisboa, e o resto é deserto? As suas políticas e do seu governo, fizeram com que médicos, farmacêuticos e doentes virassem as costas ao SNS, essa é que é a verdade.
O sr. ex-ministro Correia de Campos depois do que fez – mesmo julgando que fez bem – devia remeter-se ao silêncio porque já não faz parte de um Governo, que ainda está em funções. Ao invés, com sede de algum protagonismo, vem agora publicar um livro… qual Carolina Salgado. Vamos mudar estes maus hábitos...
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