13 agosto 2009

Fossem todos os desportos assim

Já não há clubes grandes, as estrelas com nome feito começam a escassear, mas a Volta a Portugal continua a ser uma festa do povo tão impressionante como surpreendente. Quem vê milhares espalhados pelos mais de seis quilómetros de subida até à Senhora da Assunção e uma zona de meta coberta de cabeças, multidão suficiente para encher bem mais do que um estádio de futebol, não deixa de se interrogar: o que leva tanta gente ali? É o ciclismo, sim senhor. Quase todos os presentes têm os seus favoritos, escrevem nomes no chão e em cartazes, gritam os seus nomes até à exaustão. E, o que parecerá estranho para quem vive da clubite, quem ali vai incentiva todos, do primeiro ao último, mesmo tendo um preferido. Porque o ciclismo, mais do que uma festa, é um desporto onde se reconhece valor a todos, onde o esforço de subidas a alta velocidade gera admiração. No fim, e para que a festa seja completa, ainda há espaço para uns piqueniques já quase em desuso... A Volta tem tradições que nunca se perdem. Carlos Flórido no Jornal 'O Jogo'

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