29 julho 2009

Coerência de RR

Ontem, de nada mais se falou a não ser do que disse o "supra-sumo" Ricardo Reis, professor na Universidade de Princeton. Ora vejamos o que disse ele numa entrevista ao Diário Económico em 29 Agosto 2007. Depois tiraremos as nossas conclusões, quanto à credibilidade das suas recentes afirmações.

Que avaliação faz das medidas que estão ser adoptadas pelo Governo em Portugal?
Já estive mais animado... quase três anos depois começa-me a parecer pouco... A lei do arrendamento, pelo que percebi, teve um efeito nulo. A grande reforma judicial acabou por resvalar para ‘mais uma ou menos uma semana de férias’. A reforma na administração pública está finalmente anunciada mas parece que os efeitos não vão ser grande coisa... E há uma série de leis complicadas que não é claro se vão ter algum efeito no funcionamento real das administrações. Estou a começar a pensar que ‘a montanha pariu um rato’

Não vejo os portugueses com a esperança que encontro nos americanos.... Chego a Portugal e vejo as pessoas aos 25 e 26 anos altamente deprimidas, acabaram os cursos, estão há dois anos à procura de emprego, moram com os pais, não têm dinheiro sequer para beber um café, têm de pedir a mesada aos pais... Não conseguem arranjar uma casa porque não há mercado de arrendamento, não conseguem arranjar emprego porque está tudo fechado.

Uma quebra na bolsa como em 1929 é sempre possível (como em 1986), mas uma grande depressão durante uma década parece-me muito difícil.

Mas o défice também é um conceito com pouco significado económico. O défice é como o lucro de uma empresa num ano. Pode-se alterar sempre o lucro de um ano para o outro.

E não quer voltar?... Para onde?... Para Portugal... Não está nas minhas perspectivas voltar.

Só leio jornais ‘online’. Em Portugal compro porque as ligações à net são más.

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