30 maio 2009

Lucidez política

Da entrevista de Rui Rio à Sábado, sublinho o seguinte:

"Acho, sinceramente, que o regime acabou, faliu [...] o poder político está cada vez mais fraco e fragmentado"

"Quando digo isto [sobre a justiça] surgem logo os complexos de esquerda com o 'antes do 25 Abril é que era mau' e assim não chegamos a solução nenhuma."

"Fará sentido que um Ministro queira fechar uma maternidade e um juíz lhe diga que não? [...] Tudo está num patamar de confusão generalizada e cada dia que passa é pior."

"Se o PSD, com elevado sentido de responsabilidade, fizer uma caminho através da acção e da pedagogia, e se os outros o fizerem também, designadamente o PS, conseguiremos acordos de regime para problemas de regime."

"O que a Dra. Elisa Ferreira fez [...] desacredita o regime. O PSD acabou com isso. Uma norma da Dra. Manuela Ferreira Leite determinou que quem for candidato a uma cãmara não o pode ser nem à AR, e muito menos ao parlamento europeu."

"Entre 2002 e 2005 valorizei mais a atitude politica e a forma de estar. O que será mais valorizado agora é, mantendo essa mesma forma de estar, a obra apresentada."

"O fenómeno da globalização é de tal ordem que nos exige encontrar ajustamentos adequados não só aos regimes políticos, como económicos e sociais para a nova realidade."

2 comentários:

Anónimo disse...

A grande virtude de Rui Rio tem sido a sintonia entre o seu pensamento politico e a acção na Camara do Porto.
Não conheço nenhum aspecto em que tenha agido de forma diferente daquela que apregoa.
O seu não ao populismo.
A seu não à demagogia.
A frontalidade na acção e no enfrentar dos problemas sem oportunismo e sem anunciar aos
quatro cantos (de preferência às 20H00) a obra que realiza.
A integridade e serenidade que mantém quando é chamado para liderar o partido.
E tem realizado muita.
Está no bom caminho para um dia ser um excelente PM (para desgosto do LFM).

João Lima

Luis Melo disse...

Caro João Lima,

É exactamente isso que penso de Rui Rio. E penso que é isso mesmo que o define. Um político único em Portugal.