16 fevereiro 2009

Ajuntamento homosexual

Primeiro dou a minha opinião. O problema que vejo nos homosexuais é o de serem discriminados por um preconceito. Se eles querem - através de uma lei que lhes permita "casar" - acabar com um preconceito, sou a favor. Mas o problema é que quem defende o casamento homosexual, apenas parece querer ter uma "coisa" igual ao casamento entre homem e mulher. Querem ter os mesmos direitos e até o mesmo nome. Ora, já é permitido, através da união de facto, duas pessoas do mesmo sexo constituirem familia. Então porque querem agora que haja uma nova lei que faça com que se chame a essa união de facto, casamento?

Agora a questão política. Dizem que os homosexuais são mais sensíveis, mais inteligentes e mais astutos. Ora sendo assim, não conseguem eles ver que Sócrates apenas introduz esta questão agora no seu programa de governo, para ir buscar os votos dos homosexuais ao BE e ao PCP? Ainda há meses Sócrates se recusou a discutir este assunto, e agora já é uma das suas maiores bandeiras?

Para finalizar, duas notas em relação ao Prós e Contras da RTP:
- a intervenção (sempre infeliz) de Fernanda Câncio. Ela, jornalista, tentando (ao melhor estilo socretino) ficar por cima num tête-a-tête com um advogado, pergunta a este, com ar paternalista, se ele já leu o código civil... enfim. O problema é que ela se julga mesmo...
- incrível a coincidência de pela 20ª vez, o tema do programa da televisão pública, seguir o programa e as questões levantadas pelo PS e José Sócrates...

5 comentários:

luis cirilo disse...

Acho que você pôs a questão de forma correcta.
O Sr Sócrates está tão preocupado com o casamento gay como com os incêndios na Austrália.
Ele quer apenas desviar as atenções e evitar derivas esquerdistas do Sr Alegre e do seu bando de liricos.
Mas do sr Sócrates já nada nos admira.
A sra Câncio é outras questão.
Namorada oficiosa do sr Sócrates,que nunca a apresentou como tal (ele lá saberá porquê mas isso é problema deles), aproveita todos os espaços de opinião que lhe são generosamente disponibilizados para defender o namorado oficioso e atacar ferozmente os seus adversários.
Claro que quando o poder mudar a sra Câncio vai voltar a ser o que sempre foi.
Uma jornalistazita de terceira categoria a que ninguém dará mais de um minuto de atenção.
É a vida como diria alguém bem conhecido desse tão oficioso casal !

Anónimo disse...

Correctíssimo! Subscrevo inteiramente.
É muito triste quando neste país ser moderno é fazer abortos, eutanásias (dêem mais 4 anos ao PS e vão ver!) e casar com pessoas do mesmo sexo...

João António disse...

Com tanta coisa importante para discutir, passamos os dias a ser injectados por coisas menores ! Pois se até o paladino da democracia diz que dois coelhos numa toca...fazem coelhinhos ! Estamos conversados! Claro que concordo com as uniões de facto ! Mas é preciso mais ?

Anónimo disse...

Começo por dizer que sou heterossexual, para que não pensem que quero vender o meu peixe.
Perece que está a haver um equivoco nesta postagem.
O que os homosexuais M/F pretendem não é ir á igreja. Eles pretendem sim ter direitos de sucessão, direitos no apoio familiar, terem o direito de terem uma pensão de "viuvez" e outros direitos que os casados têm.
Quanta a adopção, coloco muitas reservas.
Vou citar um caso conhecido.
Um indivíduo que era gay, foi viver com um companheiro, e apartir desse momento passou a ser marginalizado pela família. Entretanto adquiriu uma casa, e lá viveram durante anos. Em dado momento da vida, surgiu-lhe um cancro. Durante aproximadamente seis anos, foi o companheiro que dele cuidou dele até ao fim da vida. A família correu então a reclamar a herança.
Moral da estória: O comapnheiro (viuvo) foi posto na rua e aqueles que o depresaram foram os herdeiros. Isso é falta de justiça.
Entretanto mais uma coisa ninguém tem o direito de cercear a liberdade indivídual. Isto é um assunto que apenas diz respeito aos interessados.
Sá Noronha

Anónimo disse...

Caro Luís,
no vila forte também já falámos desse assuntoe deixo cópia do escrevi,em comentário, e o texto do meu amigo Luís malhó:

http://vilaforte.blogs.sapo.pt/90832.html#comentarios

"Chamem-lhe fusão, aquisição ou holding mas, nunca casamento", foi assim que se referiram os Bispos, ontem, reunidos sobre este tema.
Como diz um amigo meu caro lá saber, que sejam felizes e que se deixem viver as pessoas felizes e em paz.Também não concordo que se chame casamento e o argumento é mais ou menos o mesmo do Luís, mas acho que têm o direiro a uma União e de terem perante o Estado os mesmo direitos dos demais casais(ponto final).O tempo de antena que se dá a esta questão demonstra também o nosso atraso.Que saia a lei, que seja aprovada e implementada.Agora não me obriguem é todos o dias ver "gajos e gajas" aos beijos na televisão só porque são descriminados.A minha preocupação e das restantes pessoas não passa,só, por esse tipo de discriminação.Apesar de ficar chocado quando vejo que raparigas e rapazes são excluidos das nossas escolas por causa da sua orientação sexual.O livro da Sónia Pessoa que vai ser apresentado em Leiria(irei colocar post em tempo oportuno) e que já foi destaque no Vila Forte deve ser lido e fazer parte do programa ler+, em minha opinião.

Só para terminar e porque era uma questão que ia colocar aos nossos visitantes, acho que a Igreja Católica não se deve imiscuir nos actos eleitorais que se avizinham e muito menos dizer em quem votar, neste caso em quem não votar por causa desta questão, estou à vontade porque JAMAIS votarei PS, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Aproveito para fazer a pergunta:Acham legitimo que a Igreja apele ao voto neste ou naquele partido?